Nascido
na Fazenda Rio do Peixe (local onde hoje é o Clube de Campo Umuarama) em
primeiro de fevereiro de 1847, Luciano Pereira Penha foi o presidente da 1ª
Intendência de Três Corações, instalada em 1884 no momento da emancipação
político/administrativa do município e ao lado de Pedro de Alcântara de Melo
Ferrão e Belchior Pimenta de Abreu, constituiu o Triunvirato que governou o
município em seus primeiros momentos.
Casa onde viveu Luciano. |
Foi
também o primeiro Agente Executivo Municipal (Prefeito) e teve em suas mãos, durante
quase vinte anos, as rédeas da administração da cidade.
Luciano
foi um homem irrequieto, sempre pronto a participar das questões que envolviam Três
Corações e sua população.
Dono
de uma extraordinária memória conhecia os fatos mais antigos sobre a fundação
da cidade e detalhava com clareza admirável as histórias tricordianas. Há uma
passagem que garante ter sido Luciano o responsável por contar ao Governo de
Minas a origem do nome de Três Corações, versão que foi oficializada.
Foi
em seu governo que um sonho de toda a região se concretizou em Três Corações: a
iluminação pública à gás acetileno. Também foi Luciano quem instalou o serviço
de água potável, inaugurado em 1898, com capacidade para 280 “penas”
(ligações). A água vinha da Cachoeirinha (Cinturão Verde) e atravessava o Rio
Verde através de uma ponte pencil construída nas proximidades da Biquinha
(bairro Cafezinho).
Homem
culto, falava francês, latim e era apaixonado por Geografia. Apreciava profundamente os livros e foi ele quem
promulgou a Lei criando a Biblioteca Municipal, mas, por razões desconhecidas,
não foi o responsável por sua inauguração. Construiu o Cemitério Municipal São
João Batista.
Luciano
casou-se com Maria Leopoldina Teixeira com quem teve nove filhos. Em 20 de fevereiro de 1929, aos 82 anos, morreu
de causas naturais na cidade que tanto amou, deixando os tricordianos órfãos de
um de seus maiores defensores.
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