Para
o escritor africano Mia Couto, o melhor lugar da casa é a varanda: “Pela frente
o céu e seus infinitos, às costas, o abrigo primeiro”.
E
foi na varanda que me apareceu a corruíra; um pequeno pássaro, da cor
marron-ferrugem, com um canto imponente. Subiu pelo pé do Jasmim, alcançou o
teto e foi pulando de trave em trave, depois voou para longe.
Outro
dia, na mesma varanda, a mesma avezinha veio chegando devagar. Sei que é a
mesma porque tem uma pena levantada numa das asas. Foi saltando até a sétima
trave e daí alçou o vôo costumeiro.
Pensei
logo no livro autobiográfico “Papillon” de Henri Charriere, que fugiu da prisão
de Alcatraz, na Guiana Francesa, lançando fardos nas ondas do mar e observando
que a sétima onda não retornava ao rochedo.
Foi numa dessas ondas que alcançou o alto mar e daí a liberdade.
Porque
sempre o número sete?
Com
apenas sete notas musicais, o maranhense Catulo da Paixão Cearense, criou o
“Luar do Sertão”, Antônio Carlos Gomes, “O Guarani”, que o fez brilhar na
Itália e em outros países. Vinícius e Tom Jobim criaram a “Garota de Ipanema”,
em tempos recentes, a música mais tocada no mundo inteiro. E os outros gênios
musicais como Bach, Beethoven, Liszt, Chopin, Verdi com as suas eternas obras
musicais que elevam a alma humana.
Bem
aqui perto, vejo os eucaliptos que, tecnicamente, recomenda-se receber três
cortes: aos 7, 14 e 21 anos. Mas isto pode ser alterado para mais ou menos
tempo.
E
o ser humano?
A
médica, escritora, antropósofa, Gudrun Bukhard, relata em seu livro, que desde
a antiga Grécia, os pensadores já percebiam o ritmo de setênios (períodos de 7
anos), no ser humano. Sendo que os três primeiros setênios são as fases de
crescimento físico. Também são 7 as “forças planetárias”, entre as quais a lua
e o sol, todos com fortes influências sobre a vida na terra. Ainda de acordo
com a Dra Gudrum estas forças planetárias dão nome aos 7 dias da semana:
Saturno/Saturday - Sábado, Sol/Sunday - domingo, Lua/Monday - Segunda feira,...
etc.
Também
são sete as cores do arco-íris!
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